Neste blogue vamos fazer uma listagem das povoações portugueses:
1 - Com memorial- brasão à Ordem Militar de Santiago da Espada
2 - Com Santiago como orago
Ordem Militar de Santiago da Espada
Brasão da Ordem de Santiago
A Ordem de Santiago é representada por uma Cruz, cujo braço superior é rematado por
um coração de ponta voltada para cima. Contém, ainda, dois braços laterais florenciados
e o inferior afilado em espada.
Os Espatários participaram na reconquista de Teruel e Castellón e combateram na batalha de Navas de Tolosa (1212). Os monarcas, primeiro de Leão, depois de Castela, concederam-lhe inúmeros privilégios, para além de lhe darem a posse de extensas regiões, com o intuito de as repovoar, na Andaluzia e em Múrcia. Durante o século XV, a ordem transferiu o seu campo de actuação para a Serra Morena, e os seus mestres tomaram como residência a povoação de Llerena (Badajoz), proporcionando um grande crescimento na região. Com o passar do tempo e o fim da Reconquista, a Ordem de Santiago viu-se implicada nas lutas internas de Castela. Ao mesmo tempo, devido aos seus inúmeros bens, teve que, por várias vezes, sustentar as pretensões da Coroa. Por outro lado, sendo o cargo de Grão-Mestre de tamanha importância, eram frequentes as lutas entre grandes famílias para alcançar essa dignidade. Devido a todos estes problemas, após a morte do Grão-Mestre Alonso de Cárdenas em 1493, os Reis Católicos pediram à Santa Sé que providenciasse uma forma de acabar com os problemas na administração da ordem, reservando para si mesmos o mestrado da ordem – medida que era ao mesmo tempo uma necessidade e uma recompensa pelos serviços prestados pelos reis de Castela e Aragão ao serviço da fé católica (em 1492 fora conquistado o último reduto muçulmano da Península Ibérica-Granada). Assim, por uma bula de 1493, o papa concedeu aquela dignidade aos Reis Católicos. Após a morte de Fernando, o Católico, tornou-se grão-mestre da Ordem Carlos I de Espanha; volvidos sete anos, em 1523, o Papa Adriano VI uniu para sempre à coroa de Espanha os grão-mestrados das Ordens de Santiago, Calatrava e Alcântara, tornando-se este um mero título hereditário dos reis de Espanha. Até então, o Grão-Mestre de Santiago era eleito pelo Conselho dos Treze, assim chamado por estarem presentes treze cavaleiros designados de entre os governadores e comendadores provinciais da Ordem. Em Portugal, a ordem começou também a actuar logo desde os seus primórdios, ainda no Reinado de Afonso Henriques, mas só teve maior visibilidade a partir do Reinado de Afonso II, e sobretudo, de Sancho II.
Detiveram como sedes o castelo de Palmela e, depois, o de Alcácer do Sal, que se tornou sede da província espatária portuguesa.
Foi mestre comendatário da Ordem em Alcácer o grande Dom Paio Peres Correia, que acabaria por chegar a Grão-Mestre da Ordem, em Uclés, mas não sem antes ter dado um valoroso contributo para a reconquista de Portugal. As suas forças, muitas das vezes lideradas por ele pessoalmente, conquistaram, entre 1234 e 1242, grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve (Mértola, Beja, Aljustrel, Almodôvar, Tavira, Castro Marim, Cacela ou Silves); foi também com o auxílio desta Ordem que Afonso III consumou a conquista do Algarve, em 1249, tomando os derradeiros redutos muçulmanos de Faro, Loulé, Albufeira e Aljezur. Como recompensa, a Ordem foi agraciada, em territórios portugueses, com várias dessas terras do Alentejo e do Algarve, com a missão de as povoar e defender. A isso não é alheio, ainda hoje, o facto de muitas delas terem por orago Santiago Maior, e de nas suas armas figurar a cruz espatária.
Chamada, mais tarde, Ordem de Santiago da Espada, constituiu-se em ordem honorífica em Portugal, da qual o chefe do Estado português se constitui o Grão-Mestre.
Mapa das terras dos Espatários em Portugal e Leão e Castela - Século XII-XV
Depois da conquista de Lisboa, El-Rei D. Afonso Henriques oferece um convento para a primeira sede da Ordem nesta cidade.
A sua primeira sede em Portugal foi o Mosteiro de Santos-o-Velho em Lisboa.
Com a conquista dos territórios a sul do Tejo que foram colocados à sua guarda, estabeleceram-se no Castelo de Palmela de 1170-1218, - por esta data já o castelo tinha sido doado à Ordem - transferindo-se o ramo português, depois de alguns reveses militares para Alcácer do Sal
quando após apertado cerco, a praça caiu em poder definitivo dos cristãos em 1218,
- sendo então aqui feita a cabeça da Ordem de Sant'Iago até que D. Sancho II a mudou para Mértola.
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